Monday, February 28, 2005
Falar ouvi
à orelha. Na Mansão
Da lua - galho
De zimbro
Poema Turco
à orelha. Na Mansão
Da lua - galho
De zimbro
Poema Turco
Tuesday, February 22, 2005
Comunicação
Nesta ilusão iludi-me.
A hora da vida já
Soltou uma gargalhada
E saiu pela janela.
....................
O automóvel verde
Vestido de lilás.
...................
Fiz da vida ida.
Fiz da morte volta
Gága, gága, gága.
Fiz de pedra tudo.
Mário Cesariny
Nesta ilusão iludi-me.
A hora da vida já
Soltou uma gargalhada
E saiu pela janela.
....................
O automóvel verde
Vestido de lilás.
...................
Fiz da vida ida.
Fiz da morte volta
Gága, gága, gága.
Fiz de pedra tudo.
Mário Cesariny
Thursday, February 17, 2005
Rir, Roer
E se fôssemos rir,
Rir de tudo, tanto,
Que à força de rir
Nos tornássemos pranto,
Pranto colector
Do que em nós sobeja?
No riso, na dor,
Que o homem se veja.
Se veja disforme,
Se disforme for.
Um horror enorme?
Há outro maior...
E se não houver,
O horror é nosso.
Põe o dente a roer,
Leva o dente ao osso!
Alexandre O'Neill
E se fôssemos rir,
Rir de tudo, tanto,
Que à força de rir
Nos tornássemos pranto,
Pranto colector
Do que em nós sobeja?
No riso, na dor,
Que o homem se veja.
Se veja disforme,
Se disforme for.
Um horror enorme?
Há outro maior...
E se não houver,
O horror é nosso.
Põe o dente a roer,
Leva o dente ao osso!
Alexandre O'Neill
Monday, February 14, 2005
Vaza-me os olhos...
Vaza-me os olhos: continuarei a ver-te,
tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te,
mesmo sem pés chegarei a ti,
mesmo sem boca poderei invocar-te.
Decepa-me os braços: poderei abraçar-te
com o coração como se fosse a mão.
Arranca-me o coração: palpitarás no meu cérrebro.
E se me incendiares o cérebro,
levar-te-ei ainda no meu sangue.
Rainer Maria Rikle
Vaza-me os olhos: continuarei a ver-te,
tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te,
mesmo sem pés chegarei a ti,
mesmo sem boca poderei invocar-te.
Decepa-me os braços: poderei abraçar-te
com o coração como se fosse a mão.
Arranca-me o coração: palpitarás no meu cérrebro.
E se me incendiares o cérebro,
levar-te-ei ainda no meu sangue.
Rainer Maria Rikle
Friday, February 11, 2005
Poema sobre a canção da esperança
I
Dá-me lírios, lírios,
E rosas também.
Mas se não tens lírios
Nem rosas a dar-me,
Tem vontade ao menos
De me dar os lírios
E também as rosas.
Basta-me a vontade,
Que tens, se a tiveres,
De me dar os lírios
E as rosas também,
E terei os lírios –
Os melhores lírios –
E as melhores rosas
Sem receber nada,
a não ser a prenda
Da tua vontade
De me dares lírios
E rosas também
Álvaro de Campos
I
Dá-me lírios, lírios,
E rosas também.
Mas se não tens lírios
Nem rosas a dar-me,
Tem vontade ao menos
De me dar os lírios
E também as rosas.
Basta-me a vontade,
Que tens, se a tiveres,
De me dar os lírios
E as rosas também,
E terei os lírios –
Os melhores lírios –
E as melhores rosas
Sem receber nada,
a não ser a prenda
Da tua vontade
De me dares lírios
E rosas também
Álvaro de Campos
Thursday, February 10, 2005
As asas do Amor
Longa é a estrada dos meus amores
alta a montanha a meio do caminho.
Na minha demanda manda o desejo:
É breve a viagem, suave a subida
Poemas Celtas do Amor
Tradição Oral
Longa é a estrada dos meus amores
alta a montanha a meio do caminho.
Na minha demanda manda o desejo:
É breve a viagem, suave a subida
Poemas Celtas do Amor
Tradição Oral